Produções recentes do cinema brasileiro osentre eles os premiados Bacurau e Democracia em Vertigem osfazem parte da nova mostra do Cinema da USP Paulo Emilio (Cinusp), Nova­ssimo Cinema Brasileiro, que começou nesta segunda-feira, dia 9, e se estendera¡ até5 de abril. No total, sera£o apresentados 27 filmes, entre eles sete pré-estreias. Oito exibições sera£o seguidas de bate-papo com os realizadores. As sessaµes, que ocorrem na sala do Cinusp na Cidade Universita¡ria e no Centro Universita¡rio Maria Antonia, em Sa£o Paulo, são gratuitas. A programação completa estãodispona­vel no site do Cinusp.

Em sua nona edição, a mostra deste ano traz produções ligadas a diferentes gêneros, desde dramas e documenta¡rios atéhumor. Os temas explorados incluem a cra­tica social, o conflito entre religiaµes, as questões de gaªnero, o regionalismo e a condição do negro na sociedade, entre outros. “Com essa seleção, a gente quer enfatizar a diversidade do cinema brasileiro”, afirma uma das curadoras da mostra, Malu de Castro, aluna do curso de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. “O cinema produzido no Brasil émuito mais do que apenas filmes com tema¡tica de gaªnero. a‰ algo mais plural, diversificado.”

Os filmes que fazem pré-estreia na mostra são A Rainha Nzinga Chegou (direção de Isabel Casimira e Junia Torres), A Torre (Sanãrgio Borges), Babenco osAlguanãm Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou (Ba¡rbara Paz), Cha£o (Camila Freitas), Sofa¡ (Bruno Safadi), Vermelha (Getaºlio Ribeiro) e A Besta Pop (Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael Silva).

Uma das sessaµes seguidas de debate seránesta quinta-feira, dia 12, a s 19 horas. Na ocasia£o, seráexibido Bixa Travesty, que conta a vida e a carreira da atriz, cantora e compositora paulista Linna Pereira, mais conhecida como Linn da Quebrada. Produzida em 2019, a obra tem direção de Claudia Priscilla e Kiko Goifman. “O corpo pola­tico de Linn da Quebrada, cantora transexual negra, éa força motriz desse documenta¡rio que captura a esfera pública e privada de uma artista ousada, que utiliza seu processo criativo como uma arma de resistência”, destaca a sinopse do filme, preparada pelo Cinusp.

Outra sessão que inclui debate ocorrera¡ no dia 26 de mara§o, a s 19 horas, quando seráapresentado Diz a Ela que me Viu Chorar. Esta¡ prevista a presença da diretora Maa­ra Ba¼hler. Tambanãm datado de 2019, o filme retrata um grupo de viciados em crack que, instalado num prédio em Sa£o Paulo, luta para reconstruir a vida, enquanto atravessa o difa­cil período de desintoxicação. “Ele trata de uma pauta social muito importante”, comenta Malu.